“Ter Um Prefeito Muçulmano, Em Londres, É Uma Esperança Pra Europa”
Londres terá um prefeito muçulmano. Não, não se trata de uma adaptação inglesa a “Submissão”, controverso romance de Michel Houellebecq, onde um líder islamista, chega ao Eliseu e põe França pernas pra cima. Filho de imigrantes paquistaneses, Sadiq Khan é o primeiro muçulmano praticante, à frente de uma capital ocidental. Próximo com seus 7 irmãos, cresceu nos subúrbios de londres entre moradias de proteção oficial.
Isso foi claro: amadurecer em um lugar humilde, tinha que saber se proteger. Boxeó de jovem. “É, essencialmente, a defesa; tem a garantia de sempre ter a cara coberta”. Resumo: o muçulmano e boxer. Pros mais céticos, sim: seus rivais lhe são associados com figuras radicais e até já com os terroristas, na época em que exercia o advogado de direitos humanos. Contudo, bairro a bairro, tem conquistado uma cidade que cada vez vai se tornando mais parecidas com ele.
“Ter um prefeito muçulmano em Londres é muito esperançoso pra Europa. É uma notícia maravilhosa”, diz Hugh Kennedy, professor da Faculdade de Londres (SOAS), e um dos mais prestigiados especialistas em história islâmica medieval da Europa e da Ásia. O “Londonistão” da multiculturalidade é também onde cresceu Jihadi John, o matador mais conhecido de Daesh, falecido em um bombardeio americano no outono passado.
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No mínimo 800 pessoas têm viajado de Reino Unido pro Iraque e a Síria para apoiar instituições jihadistas. Por volta de metade voltou do “califado” para as ilhas britânicas, segundo as autoridades do povo. Frente à decadência do padrão francês de assimilação, o Governo britânico se orgulha de sucesso e normal entre comunidades religiosas, salvo exceções.
Como no Reino Unido, o multiculturalismo chegou às organizações francesas há agora vários anos. “Não há um racismo institucional, os governos tentam descrever com ministros magrebinos, como a de Educação, de Abolir a Vallaud-Belkacem. Todavia eles vêm do centro das cidades, as cités (subúrbios), onde não há serviço”, conforme indica o jornalista francês, especialista em geopolítica Hyman Harold, em uma reportagem a respeito de zonas de captação em França no instáveis subúrbios. De acordo com Kennedy, Reino Unido e França têm dificuldades diferentes, já que os muçulmanos vêm de diferentes partes do universo.
No caso da França vêm do norte de África. O britânico, o Paquistão, a Índia ou Bangladesh. “Têm tradições diferentes: não estão tão impressionados com o Daesh, também pelo motivo de eles não leem ou sabem árabe”. O suporte dos jovens árabes ao Daesh caiu em ligação ao ano anterior.
Desta maneira o confirma o 8º Estudo Anual a respeito da Juventude Árabe 2016, efetuado pela consultoria Burson-Marsteller. Não vê como possível a constituição do tão esperado califado que os terroristas do Daesh proclamaram há dois anos. Em contrapartida, outro rastreio (scan) em 2006, de Gallup, observa-se que os muçulmanos do Egito, Marrocos, Indonésia e Paquistão, apoiavam um projeto de unificação de todos os países islâmicos” em torno de um califado.
A idéia de um “governo” pra todos os muçulmanos tem de volta uma e de novo pela História. Os Coraixitas, da tribo de Maomé, que impôs o califado depois da morte do profeta, são uma só família; uma família que fundou um estado. O autodenominado Estado Islâmico repete só o lado negro da História.
“Não repete o gênio de um Averróis, de um Alhazen ou de um Ibn Arabí, nem sequer a audácia especulativa dos mutazilíes”, segundo se narra no livro de Adonis. Os jihadistas repetem o que está relativo com o poder e não com o pensamento ou investigação.